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DE SANTA MARTA

Pedir a graça de morrer na Igreja, na esperança e deixando a herança de uma vida cristã

06/02/2014 - O resumo das homilias de Papa Francisco durante as missas matutinas celebradas na capela Domus Sanctae Marthae

Na missa desta quinta-feira 6 de fevereiro na Capela da Casa de Santa Marta, o Papa Francisco na sua homilia comentou a Primeira leitura do dia que nos relata a morte de Davi depois de uma vida ao serviço do seu povo. Uma reflexão do Santo Padre sobre o mistério da morte da qual se pode extrair três ideias: permanecer até o fim com o Povo de Deus no seio da Igreja; morrer conscientes da esperança e deixar um testemunho cristão como herança.
“Pecador sim, traidor não! É esta é uma graça: permanecer até o fim no Povo de Deus. Ter a graça de morrer no seio da Igreja. E este é o primeiro ponto que eu gostaria de sublinhar. Também para nós pedir a graça de morrer em casa. Morrer em casa, na Igreja. E esta é uma graça! Isto não se compra! É um presente de Deus e devemos pedi-lo: ‘Senhor, dá-me a prenda de morrer em casa, na Igreja!’. Pecadores sim, todos somos! Mas traidores não! E a Igreja é tão mãe que nos quer assim, tantas vezes sujos, mas a Igreja limpa-nos: é mãe!”

Segunda reflexão: Davi morre “tranquilo, em paz, sereno” na certeza de ir para “o outro lado com os seus” pais. “Esta – afirma Papa Francisco – é uma outra graça: a graça de morrer na esperança, na consciência” que “do outro lado nos esperam; que a casa continua também do outro lado, continua a família”, não estaremos sozinhos. “E esta é uma graça que devemos pedir – observa – porque nos últimos momentos da vida, nós sabemos que a vida é uma luta e o espírito do mal quer os despojos”:

“Santa Teresinha do Menino Jesus dizia que, nos seus últimos tempos, na sua alma havia uma luta e quando ela pensava no futuro, àquilo que a esperava depois da morte, no céu, ouvia como que uma voz que dizia: ‘Mas não sejas tonta, espera-te a escuridão. Espera-te apenas a escuridão no nada!’. É a voz do diabo, do demônio, que não queria que ela confiasse em Deus! E pedir esta graça. Mas confiar em Deus começa agora, nas pequenas coisas da vida, mesmo nos grandes problemas: confiar sempre no Senhor e assim ficamos com este hábito de confiar sempre no Senhor e cresce a esperança. Morrer em casa, morrer na esperança.”

A terceira ideia da reflexão do Papa Francisco é sobre a herança que deixa Davi. Recordando que tantos são os problemas e escândalos que existem em muitas famílias sobre as heranças, o Santo Padre afirmou que a melhor herança que podemos deixar aos outros é o testemunho cristão:
“Esta é a herança: o nosso testemunho de cristãos deixado aos outros. E alguns de nós deixam uma grande herança: pensemos nos santos que viveram o Evangelho com tanta força, que nos deixam um caminho de vida e modo de viver como herança. Eis as três coisas que me vêm ao coração na leitura desta passagem sobre a morte de Davi: pedir a graça de morrer em casa, na Igreja; morrer na esperança, com esperança; e pedir a graça de deixar uma bela herança, uma herança humana, uma herança feita com o testemunho da nossa vida cristã. Que São Davi nos conceda a todos nós estas três graças!”.

Fonte: Rádio Vaticana

 
 

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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