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DE SANTA MARTA

O conselho de Paulo

por Papa Francisco
08/09/2015 - O resumo das homilias do Santo Padre durante as missas matutinas celebradas na capela Domus Sanctae Marthae

Homilia de 01 de setembro, publicada no L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 36 de 04 de setembro de 2015

O testemunho de Job e a pintura na parede do Juízo Final feita por Michelangelo na Capela Sistina são dois ícones que podem reavivar a nossa certeza do encontro pessoal com o Senhor. Recordou o Papa, dando a cada um o conselho que Paulo dirigiu aos cristãos de Tessalônica, de “se confortar reciprocamente”, isto é, “falar sobre a vinda do Senhor”, a única coisa que conta, sem perder tempo com conversas vazias. O Pontífice sugeriu também uma série de questões para um exame de consciência sobre o modo como estamos vivendo a expectativa do Senhor.

Para a sua meditação Francisco inspirou-se precisamente no trecho litúrgico da primeira carta que “o apóstolo Paulo escreve à comunidade de Tessalônica” (5, 1-6.9-11). Talvez, observou, “esta carta tenha sido a primeira que ele escreveu” e enviou a “uma comunidade um pouco inquieta” porque estava preocupada pelo modo “como e quando” teria sido e será o dia da volta do Senhor. A tal ponto que já no trecho lido no dia anterior, frisou o Papa, são Paulo é obrigado a recomendar que não permanecessem “tristes como aqueles que não têm esperança”. De fato, a comunidade perguntava-se: “O que acontece aos mortos, para onde vão?”. E ainda: “Quando voltará o Senhor?”. E alguém respondia: “Não, voltará logo! E se volta logo, não trabalharemos!”.

Assim Paulo, homem “concreto”, deve dirigir-se aos cristãos de Tessalônica com uma expressão forte: “Quem não trabalhar não come”. Resumindo, afirmou o Papa, a esta “comunidade um pouco fútil, o apóstolo deve ensinar o caminho da paz”. E ainda o trecho da epístola do dia precedente advertia a não permanecerem “tristes porque o Senhor virá e os seus mortos estão com ele”. Depois, Paulo vai mais além: “E assim estaremos para sempre com o Senhor”. Esta afirmação, disse Francisco, “é uma grande consolação” e “é o que espera a todos”. Além disso, acrescentou, “o trecho de ontem terminava com um conselho: por conseguinte, confortem-se reciprocamente com estas palavras”.

Mas, “também hoje — disse o Papa — o trecho que lemos acaba com o mesmo verbo: confortem-se reciprocamente”. Com efeito, é “justamente o conforto que a esperança oferece: o Senhor virá, e virá quando quiser, quando vir é que o tempo é propício”. Ninguém pode dizer quando será: Paulo escreve até que o Senhor “virá como um ladrão, como as dores de parto a uma mulher grávida: vem!”. Nesta perspectiva “o que devemos fazer?”. Paulo oferece, exatamente, este conselho: “Confortem-se reciprocamente”. Isto é, convida a falar sobre isto juntos. “Mas eu — disse Francisco — pergunto-lhes: nós falamos sobre o fato de que o Senhor virá, que nos encontraremos com ele?”. Ou “falamos sobre muitas outras coisas, até de teologia, de realidades da Igreja, de sacerdotes, religiosas, monsenhores, sobre tudo isto?”. E, acrescentou, “é esta esperança o nosso conforto?”.

O conselho de Paulo é de nos confortarmos reciprocamente, em comunidade. E sobre esta questão Francisco propôs um verdadeiro exame de consciência. “Nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, fala-se sobre o fato de que estamos na expectativa do Senhor que vem, ou conversamos de outras realidades para passar o tempo e não nos entediarmos muito? Qual é o meu conforto? É esta esperança? Tenho a certeza de que o Senhor virá procurar-me e levar-me com Ele? Tenho esta certeza?”.

Depois o Papa repetiu as palavras do salmo responsorial (26): “Creio firmemente poder contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos”. E então formulou uma pergunta: “Mas você tem a certeza de que contempla o Senhor?”. A tal propósito Francisco quis fazer referência “ao final tão bonito do capítulo 19 do Livro de Job”, explicando que “Job sofria muito”, e no entanto, “no meio do seu sofrimento, das suas chagas, das suas incompreensões, da dor de não entender por que lhe acontecia aquilo, dizia: mas tenho a certeza, sei que o meu Redentor está vivo; sei que Deus está vivo e que o verei com estes olhos”.

Um testemunho que interpela cada um de nós. E assim o Papa propôs mais uma reflexão direta: “Creio nisto? Ou é melhor não pensar? Pensemos em outra coisa porque esta certeza de que o Senhor virá procurar-me e levar-me consigo... E esta é a nossa paz, este é o nosso conforto, esta é a nossa esperança”.

“É verdade, ele virá para julgar — acrescentou — e quando vamos à Sistina vemos a linda cena do Juízo final: é verdade!”. Mas “pensemos também que ele virá procurar-me para que eu o veja com estes olhos, o abrace e esteja sempre com ele. Esta é a esperança que o apóstolo Pedro nos pede para explicar aos outros com a nossa vida, para dar testemunho de esperança”.

Portanto, este é o verdadeiro conforto: “Creio firmemente — esta é a certeza autêntica — poder contemplar a bondade do Senhor”. Em seguida, continuou o Papa repetindo o conselho de Paulo, “confortem-se reciprocamente com as boas obras e ajudem uns aos outros. E assim iremos em frente”. De resto, justamente “na oração no início da missa — recordou — pedimos ao Senhor que ele desenvolva o gérmen da bondade que semeou em nós, a semente de graça”.

O testemunho de Job e a pintura na parede do Juízo Final feita por Michelangelo na Capela Sistina são dois ícones que podem reavivar a nossa certeza do encontro pessoal com o Senhor. Recordou o Papa, dando a cada um o conselho que Paulo dirigiu aos cristãos de Tessalônica, de “se confortar reciprocamente”, isto é, “falar sobre a vinda do Senhor”, a única coisa que conta, sem perder tempo com conversas vazias. O Pontífice sugeriu também uma série de questões para um exame de consciência sobre o modo como estamos vivendo a expectativa do Senhor.

Para a sua meditação Francisco inspirou-se precisamente no trecho litúrgico da primeira carta que “o apóstolo Paulo escreve à comunidade de Tessalônica” (5, 1-6.9-11). Talvez, observou, “esta carta tenha sido a primeira que ele escreveu” e enviou a “uma comunidade um pouco inquieta” porque estava preocupada pelo modo “como e quando” teria sido e será o dia da volta do Senhor. A tal ponto que já no trecho lido no dia anterior, frisou o Papa, são Paulo é obrigado a recomendar que não permanecessem “tristes como aqueles que não têm esperança”. De fato, a comunidade perguntava-se: “O que acontece aos mortos, para onde vão?”. E ainda: “Quando voltará o Senhor?”. E alguém respondia: “Não, voltará logo! E se volta logo, não trabalharemos!”.

Assim Paulo, homem “concreto”, deve dirigir-se aos cristãos de Tessalônica com uma expressão forte: “Quem não trabalhar não come”. Resumindo, afirmou o Papa, a esta “comunidade um pouco fútil, o apóstolo deve ensinar o caminho da paz”. E ainda o trecho da epístola do dia precedente advertia a não permanecerem “tristes porque o Senhor virá e os seus mortos estão com ele”. Depois, Paulo vai mais além: “E assim estaremos para sempre com o Senhor”. Esta afirmação, disse Francisco, “é uma grande consolação” e “é o que espera a todos”. Além disso, acrescentou, “o trecho de ontem terminava com um conselho: por conseguinte, confortem-se reciprocamente com estas palavras”.

Mas, “também hoje — disse o Papa — o trecho que lemos acaba com o mesmo verbo: confortem-se reciprocamente”. Com efeito, é “justamente o conforto que a esperança oferece: o Senhor virá, e virá quando quiser, quando vir é que o tempo é propício”. Ninguém pode dizer quando será: Paulo escreve até que o Senhor “virá como um ladrão, como as dores de parto a uma mulher grávida: vem!”. Nesta perspectiva “o que devemos fazer?”. Paulo oferece, exatamente, este conselho: “Confortem-se reciprocamente”. Isto é, convida a falar sobre isto juntos. “Mas eu — disse Francisco — pergunto-lhes: nós falamos sobre o fato de que o Senhor virá, que nos encontraremos com ele?”. Ou “falamos sobre muitas outras coisas, até de teologia, de realidades da Igreja, de sacerdotes, religiosas, monsenhores, sobre tudo isto?”. E, acrescentou, “é esta esperança o nosso conforto?”.

O conselho de Paulo é de nos confortarmos reciprocamente, em comunidade. E sobre esta questão Francisco propôs um verdadeiro exame de consciência. “Nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, fala-se sobre o fato de que estamos na expectativa do Senhor que vem, ou conversamos de outras realidades para passar o tempo e não nos entediarmos muito? Qual é o meu conforto? É esta esperança? Tenho a certeza de que o Senhor virá procurar-me e levar-me com Ele? Tenho esta certeza?”.

Depois o Papa repetiu as palavras do salmo responsorial (26): “Creio firmemente poder contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos”. E então formulou uma pergunta: “Mas você tem a certeza de que contempla o Senhor?”. A tal propósito Francisco quis fazer referência “ao final tão bonito do capítulo 19 do Livro de Job”, explicando que “Job sofria muito”, e no entanto, “no meio do seu sofrimento, das suas chagas, das suas incompreensões, da dor de não entender por que lhe acontecia aquilo, dizia: mas tenho a certeza, sei que o meu Redentor está vivo; sei que Deus está vivo e que o verei com estes olhos”.

Um testemunho que interpela cada um de nós. E assim o Papa propôs mais uma reflexão direta: “Creio nisto? Ou é melhor não pensar? Pensemos em outra coisa porque esta certeza de que o Senhor virá procurar-me e levar-me consigo... E esta é a nossa paz, este é o nosso conforto, esta é a nossa esperança”.

“É verdade, ele virá para julgar — acrescentou — e quando vamos à Sistina vemos a linda cena do Juízo final: é verdade!”. Mas “pensemos também que ele virá procurar-me para que eu o veja com estes olhos, o abrace e esteja sempre com ele. Esta é a esperança que o apóstolo Pedro nos pede para explicar aos outros com a nossa vida, para dar testemunho de esperança”.

Portanto, este é o verdadeiro conforto: “Creio firmemente — esta é a certeza autêntica — poder contemplar a bondade do Senhor”. Em seguida, continuou o Papa repetindo o conselho de Paulo, “confortem-se reciprocamente com as boas obras e ajudem uns aos outros. E assim iremos em frente”. De resto, justamente “na oração no início da missa — recordou — pedimos ao Senhor que ele desenvolva o gérmen da bondade que semeou em nós, a semente de graça”.

O testemunho de Job e a pintura na parede do Juízo Final feita por Michelangelo na Capela Sistina são dois ícones que podem reavivar a nossa certeza do encontro pessoal com o Senhor. Recordou o Papa, dando a cada um o conselho que Paulo dirigiu aos cristãos de Tessalônica, de “se confortar reciprocamente”, isto é, “falar sobre a vinda do Senhor”, a única coisa que conta, sem perder tempo com conversas vazias. O Pontífice sugeriu também uma série de questões para um exame de consciência sobre o modo como estamos vivendo a expectativa do Senhor.

Para a sua meditação Francisco inspirou-se precisamente no trecho litúrgico da primeira carta que “o apóstolo Paulo escreve à comunidade de Tessalônica” (5, 1-6.9-11). Talvez, observou, “esta carta tenha sido a primeira que ele escreveu” e enviou a “uma comunidade um pouco inquieta” porque estava preocupada pelo modo “como e quando” teria sido e será o dia da volta do Senhor. A tal ponto que já no trecho lido no dia anterior, frisou o Papa, são Paulo é obrigado a recomendar que não permanecessem “tristes como aqueles que não têm esperança”. De fato, a comunidade perguntava-se: “O que acontece aos mortos, para onde vão?”. E ainda: “Quando voltará o Senhor?”. E alguém respondia: “Não, voltará logo! E se volta logo, não trabalharemos!”.

Assim Paulo, homem “concreto”, deve dirigir-se aos cristãos de Tessalônica com uma expressão forte: “Quem não trabalhar não come”. Resumindo, afirmou o Papa, a esta “comunidade um pouco fútil, o apóstolo deve ensinar o caminho da paz”. E ainda o trecho da epístola do dia precedente advertia a não permanecerem “tristes porque o Senhor virá e os seus mortos estão com ele”. Depois, Paulo vai mais além: “E assim estaremos para sempre com o Senhor”. Esta afirmação, disse Francisco, “é uma grande consolação” e “é o que espera a todos”. Além disso, acrescentou, “o trecho de ontem terminava com um conselho: por conseguinte, confortem-se reciprocamente com estas palavras”.

Mas, “também hoje — disse o Papa — o trecho que lemos acaba com o mesmo verbo: confortem-se reciprocamente”. Com efeito, é “justamente o conforto que a esperança oferece: o Senhor virá, e virá quando quiser, quando vir é que o tempo é propício”. Ninguém pode dizer quando será: Paulo escreve até que o Senhor “virá como um ladrão, como as dores de parto a uma mulher grávida: vem!”. Nesta perspectiva “o que devemos fazer?”. Paulo oferece, exatamente, este conselho: “Confortem-se reciprocamente”. Isto é, convida a falar sobre isto juntos. “Mas eu — disse Francisco — pergunto-lhes: nós falamos sobre o fato de que o Senhor virá, que nos encontraremos com ele?”. Ou “falamos sobre muitas outras coisas, até de teologia, de realidades da Igreja, de sacerdotes, religiosas, monsenhores, sobre tudo isto?”. E, acrescentou, “é esta esperança o nosso conforto?”.

O conselho de Paulo é de nos confortarmos reciprocamente, em comunidade. E sobre esta questão Francisco propôs um verdadeiro exame de consciência. “Nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, fala-se sobre o fato de que estamos na expectativa do Senhor que vem, ou conversamos de outras realidades para passar o tempo e não nos entediarmos muito? Qual é o meu conforto? É esta esperança? Tenho a certeza de que o Senhor virá procurar-me e levar-me com Ele? Tenho esta certeza?”.

Depois o Papa repetiu as palavras do salmo responsorial (26): “Creio firmemente poder contemplar a bondade do Senhor na terra dos vivos”. E então formulou uma pergunta: “Mas você tem a certeza de que contempla o Senhor?”. A tal propósito Francisco quis fazer referência “ao final tão bonito do capítulo 19 do Livro de Job”, explicando que “Job sofria muito”, e no entanto, “no meio do seu sofrimento, das suas chagas, das suas incompreensões, da dor de não entender por que lhe acontecia aquilo, dizia: mas tenho a certeza, sei que o meu Redentor está vivo; sei que Deus está vivo e que o verei com estes olhos”.

Um testemunho que interpela cada um de nós. E assim o Papa propôs mais uma reflexão direta: “Creio nisto? Ou é melhor não pensar? Pensemos em outra coisa porque esta certeza de que o Senhor virá procurar-me e levar-me consigo... E esta é a nossa paz, este é o nosso conforto, esta é a nossa esperança”.

“É verdade, ele virá para julgar — acrescentou — e quando vamos à Sistina vemos a linda cena do Juízo final: é verdade!”. Mas “pensemos também que ele virá procurar-me para que eu o veja com estes olhos, o abrace e esteja sempre com ele. Esta é a esperança que o apóstolo Pedro nos pede para explicar aos outros com a nossa vida, para dar testemunho de esperança”.

Portanto, este é o verdadeiro conforto: “Creio firmemente — esta é a certeza autêntica — poder contemplar a bondade do Senhor”. Em seguida, continuou o Papa repetindo o conselho de Paulo, “confortem-se reciprocamente com as boas obras e ajudem uns aos outros. E assim iremos em frente”. De resto, justamente “na oração no início da missa — recordou — pedimos ao Senhor que ele desenvolva o gérmen da bondade que semeou em nós, a semente de graça”.

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