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OS FATOS

Olhar os próprios desejos

01/11/2015 - Um testemunho da experiência realizada na peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Aparecida promovida por CL no dia 3 de outubro de 2015

Quando me foi pedido para contar sobre minha experiência, senti que foi Deus quem me pediu. Não poderia me permitir esquecer algo tão bonito e verdadeiramente significativo para minha existência. Passaram apenas duas semanas da peregrinação e, no entanto, a experiência já estava tão longe e eu já tão embriagada com a rotina novamente. Espero conseguir transformar em palavras e compartilhar o que vivi naquela noite.

Primeiramente, não conhecia o santuário e a cidade de Aparecida. Quando pequena, porém, Nossa Senhora Aparecida me foi apresentada através de meu avô, fiel devoto, que não me deixava ir comprar balas caso não levasse a imagem da santa em meu bolso. Podia-se notar, que ao me entregar sua imagem, sua feição de preocupação se transformava em tranquilidade e segurança.

Quando recebi o convite para esta peregrinação fiquei muito feliz em pensar que seria uma oportunidade de conhecer o santuário. Porém, com o passar dos dias tive muitas dúvidas, principalmente se iria conseguir fazer o trajeto na madrugada, apesar do grande desejo.

Tinha dúvidas em relação a como eu ficaria em caminhar sem dormir, preocupada em não estar com minha família ou que algo de ruim poderia acontecer comigo... Então, conversei com algumas amigas que iriam também à peregrinação e passei a me sentir mais segura. Queria estar perto dos meus amigos.

Poucos dias antes, rezei e pedi a Deus me ajudasse a ser justa com o meu desejo e que os medos e inseguranças não decidissem nada por mim. Fui tomada por uma imensa alegria e entusiasmo e a partir daí, não via a hora daquele momento chegar.

Quando chegamos à primeira igreja, onde nos preparávamos para iniciar a caminhada, me sentia em paz, amada e muito agradecida. Logo que começamos a peregrinação, me vi na companhia de amigos, em uma estrada de terra desconhecida, sob o céu estrelado e enluarado, em total silêncio. Eu estava muito feliz, com um sorriso enorme no rosto. Eu me sentia tão completa e tão Eu!

Caminhávamos por uma hora, e parávamos para comer algo, beber água e rezar. Sentávamos-nos naquele chão bonito de terra, onde eu conhecia novos rostos, que se tornavam novos amigos. Nos momentos de silêncio admirava com atenção e alegria. Como foi importante este silêncio! Quando conversávamos era um momento de muita troca e completude e, para mim, foi muito forte a experiência do quanto à companhia é preciosa e um grande presente.

Às vezes noto que em minha vida reluto com alguns possíveis encontros, muitas vezes optando em estar só. Durante esta peregrinação refleti sobre o quanto precisamos de um Outro. Tive muita clareza e consciência desta preciosidade. A peregrinação foi uma experiência de vida, de estar viva e de reconhecimento de Cristo em tudo.

Estou feliz e emocionada em ter a oportunidade de relembrar e tentar escrever um pouco do que vivi naquele encontro. Agora sinto necessidade também de registrar em algum outro lugar. Quem sabe nas paredes, alguma palavra que reacenda aquela Kelani, aquela Kelani tão inteira, que encontrei naquela noite.

Kelani

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