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CINEMA/VÍDEO

A origem do planeta dos macacos

por Juan Orellana
28/09/2011 - Novo filme da Fox acerta na concepção dos macacos, cujos efeitos digitais conseguem unir traços animais e humanos. A história se passa nos tempos atuais e explica como o cérebro símio foi "ativado"

Modas são sagradas em Hollywood porque são rentáveis. Quando não dá mais dinheiro, a moda passa. Agora está no auge as sequencias, origens, capítulos esquecidos, spin-offs ... tudo o que pode reviver velhas fórmulas e, portanto, arrastar novas gerações para os cinemas. Em 1968, a Fox estreou o Planeta dos Macacos, de Franklin J. Schaffner, baseado no romance de Pierre Boulle. Devido ao sucesso, teve inúmeras continuações: A Revolta dos Macacos (1970) e A Conquista do Planeta dos Macacos (1972). Portanto, toda uma a geração que nasceu nos anos 60, e até mesmo alguns antes e depois, sempre receberá, pelo menos com certa curiosidade, qualquer filme que usa a arte das técnicas digitais para revisitar essas aventuras perturbadoras da infância.
Após o relativo fracasso do filme de Tim Burton, de 2001, em que o diretor tentou fazer uma leitura pessoal do romance de Boulle, chega dez anos depois pela Fox, uma pré-sequência que pretende nos contar como tudo começou, justamente na época em que vivemos. E tudo começou na luta contra a doença de Alzheimer, de acordo com os roteiristas Rick Jaffa e Amanda Silver, que afirmam também inspirar-se no romance de Boulle.
Will (James Franco) é um cientista que está testando um vírus que parece reviver as células do cérebro. Quando chega a hora de testar em seres humanos, a empresa farmacêutica recua e frustra o projeto. Mas Will vai continuar os testes clandestinamente tanto com seres humanos, seu próprio pai, como em seu macaco de estimação, César. E o resultado parece ser um sucesso.
O filme tem dois acertos, dentro das convenções de uma produção estritamente comercial. A primeira é ter alcançado uma concepção dos macacos que, sem deixar de serem animais, trazem uma marca sutil de humanidade. Principalmente César, o macaco protagonista, é capaz de expressar sentimentos como decepção, dor, pesar, raiva ... O outro mérito do filme é que apenas a parte final é dedicada à exibição de efeitos digitais e cenas de ação. O decorrer da película tem como foco o desenvolvimento dramático dos personagens, a evolução dos conflitos interiores de um homem e um macaco, o que o torna mais universal, mais duradouro, mais profundo. O filme leva o espectador a acreditar que um macaco pode viver dramas próprios da condição humana, mas de forma sutil, aumentando sua credibilidade.
O resto o leitor pode imaginar. Achei um filme interessante, divertido, e especialmente recomendado para os fãs de ficção científica.

(Extraído do site Paginas Digital)

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