Indicado ao Oscar, o filme "As aventuras de Pi", baseado no livro "A vida de Pi", de Yann Martel, é mais do que uma narrativa de sobrevivência. A história traz, em seus 127 minutos de duração,simbolismos sobre destino, sentido da vida, fé e a capacidade de lidarmos com nossos traumas de forma positiva.
O filme, com direção de Ang Lee, conta a história do menino Pi (Suraj Sharma), que mora em Pondicherry, na Índia, com seus pais donos de um zoológico, e o irmão. Sua família resolve ir para o Canadá, pois o Governo quer retirar o incentivo fiscal e o zoológico não poderia se manter. Assim, todos os animais viajam com eles, num cargueiro chinês.
Durante a viagem ocorre um naufrágio e Pi é o único sobrevivente. Perdido no meio do Oceano Pacífico, por mais de 200 dias em um bote salva vidas, lhe resta a companhia de um tigre de bengala chamado Richard Parker, uma zebra, um orangotango e uma hiena dopada.
Após a catástrofe, o adolescente indiano, ao invés de tentar esquecer o que aconteceu, por mais dramática que a experiência tenha sido, procura dar um significado maior ao seu passado. Isso provavelmente faz dele não só uma pessoa mais forte, mas igualmente serena, como mostram seus sorrisos doces e o leve humor com o qual conta uma história tão difícil.
O longa metragem nos envolve também, não só com o enredo, mas com o clima indiano, suas músicas, paisagens, efeitos especiais, deuses e filosofias. Além de despertar em cada pessoa o reconhecimento do seu valor, da importância da sua singularidade.
(Por Caroline Baptista)
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