Vai para os conteúdos

OS FATOS

Ele estava esperando o meu "sim"

08/04/2016 - O batismo quando pequena, mas, depois, uma vida distante da Igreja. “Mas eu sentia sempre como se me faltasse alguma coisa”. Até o encontro com alguns amigos na Itália. E o desejo de fazer a Comunhão. Que se realiza no Quênia, na noite da Páscoa
A paróquia de St. Joseph em Nairóbi.
A paróquia de St. Joseph em Nairóbi.

Sou italiana e a última Páscoa foi particularmente determinante para mim. Para dizer em breve: eu fui batizada quando recém-nascida, mas não cresci em uma família católica. Simplesmente não acreditava em Deus, não acreditava que Ele pudesse fazer alguma diferença na minha vida. Contudo eu sentia sempre como se me faltasse alguma coisa. Depois encontrei o Movimento, faz poucos meses, e o fato cristão se tornou real. Ele se fez presente na minha vida como nunca antes me tinha acontecido. Finalmente eu me sentia amada e querida, e estava grata pela companhia que Ele me havia doado. A partir daquele momento senti o desejo de receber a Eucaristia, de viver a minha vida plenamente em comunhão com Ele.

Eu devia partir para o Quênia para um ano de trabalho, e penso que pela primeira vez na minha vida não sentia a urgência de ir embora correndo, mas queria ficar perto dos amigos que Ele me havia dado. Mas se tratava de uma oportunidade que acontece uma vez na vida, por isto agarrei-a, com fé, e confiando que me conduziria exatamente lá onde Ele queria que eu fosse.

O meu desejo de estar com Ele se fortalecia a cada dia, e não queria esperar um ano para voltar à Itália e fazer a minha Primeira Comunhão. Portanto, entrei em contato com uma freira italiana aqui em Nairóbi, e ela me acompanhou no caminho da catequese que estava previsto durar até julho. Fizera um planejamento que eu julgava bom. Até que Ele chegou com um plano melhor. Depois da Via Sacra da Sexta-feira Santa, Joaquim veio e me sugeriu falar com padre Valério para verificar a possibilidade de fazer a Primeira Comunhão no dia seguinte, durante a Vigília Pascal. Eu logo ia responder: “Não, deixa pra lá”, mas a ideia daquela possibilidade me ficou cravada em qualquer lugar na mente. Assim eu falei com alguns amigos na Itália, explicando a situação. A resposta deles foi: “Mas você o que deseja realmente?”. Então me dei conta de como tudo isso era maior do que eu e de quão infinito fosse o meu desejo. Decidi ir falar com padre Valério para ouvir o que ele pensava acerca desta alteração de programa. Estava pronta a adiar tudo para julho, se ele me tivesse respondido que precisava mais tempo. Ao invés sorriu, e me disse “sim” com alegria. Eu senti uma enorme felicidade explodir em meu coração.

Transcorri o sábado inteiro presa da impaciência. Fiquei na igreja quarenta minutos antes de decidir dirigir-me à confissão. Continuava a olhar para os meus erros e meus limites e a julgar-me devido aos mesmos. Eu tinha vergonha e temia não conseguir superá-los. A carícia de padre Afonso e o seu convite a sentar-me nos primeiros bancos da igreja junto com os demais candidatos a receber os sacramentos naquela noite foi para mim como a carícia da misericórdia de Jesus. Neste abraço eu recomecei tudo de novo.

Ainda agora não me dou conta plenamente da Beleza que contemplei naqueles dias diante dos meus olhos. Ele veio a mim, Ele desejou estar comigo até mais do que eu desejasse estar com Ele. Ele sabia melhor do que eu, melhor de meu plano perfeito, qual era o momento “justo”. Estava esperando o meu “sim”, como fez pacientemente por vinte e seis anos.

Federica, Nairóbi (Quênia)

Outras notícias

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

Volta ao início da página