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OS FATOS

Ele é Memor nostri

Na frente das provocações desse tempo vamos olhar essas palavras do Papa pedindo que tudo sirva para a nossa conversão e que aumente a nossa fé. Para sustentar a esperança nossa e dos nossos irmãos, especialmente os mais tristes e afetados pela tragédia dos enchentes.

Memores Domini. Meditando sobre estas palavras, sobre seu significado, encontro um sentido de paz, porque elas chamam a atenção para uma relação profunda que é mais forte do que a morte. Memores Domini quer dizer: “que recordam o Senhor”, isto é, pessoas que vivem na memória de Deus e de Jesus, e nesta memória cotidiana, cheia de fé e de amor, encontram o sentido de cada coisa, desde as pequenas ações até as grandes escolhas, do trabalho, do estudo, da fraternidade. A memória do Senhor enche o coração de uma alegria profunda, como diz um antigo hino da Igreja: “Jesu dulcis memoria, dans vera cordis gaudia” [Jesus doce memória, que concede a verdadeira alegria de coração]
Por isso me agrada pensar que Manuela é uma Memor Domini, uma pessoa que vive na memória do Senhor. Esta relação com Ele é mais profunda do que o abismo da morte. É um vínculo que nada nem ninguém pode romper, como diz São Paulo: “[Nada] nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 8, 39). Sim, se nos lembramos do Senhor é porque Ele, antes, se lembra de nós. Somos memores Domini porque Ele é Memor nostri, se lembra de nós com o amor de um Pai, de um Irmão, de um Amigo, mesmo no momento da morte. Por mais que, às vezes, possa parecer que naquele momento Ele está ausente, que se esqueceu de nós, na realidade estamos sempre presentes para Ele, estamos no seu coração. Onde quer que possamos cair, caímos em suas mãos. É exatamente ali, onde ninguém nos pode acompanhar, que Deus nos espera: a nossa Vida.

Bento XVI
(por ocasião da morte da Memor Domini Manuela Camagni)

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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