Caros amigos, voltei domingo, dia 23/01, às regiões inundadas do Vale do Cuiabá. Seguramente, o cenário mudou, porque vê-se claramente o grande trabalho de limpeza que foi feito. É possível transitar pelas ruas melhor e com mais segurança. O número oficial de mortos chegou a 800 e os desaparecidos serão buscados por apenas mais uma semana. Enquanto as vias públicas estão melhores, não mudou muito a situação das casas que ficaram em pé e das que foram destruídas. Ali, parece que o trabalho de 10 dias não ajudou muito, tamanho era o volume de lama. Todavia, percebe-se o incessante trabalho e o desejo de voltar à normalidade. Às 11h assistimos a uma missa (a primeira depois das inundações) celebrada em sufrágio das vítimas. A igreja estava lotada e daí entende-se de onde as pessoas estão encontrando a força para continuar. A situação de quem perdeu a casa permanece a mesma. Algumas famílias – as que podiam – foram embora e estão hospedadas na casa de amigos e parentes, mas a maior parte ficou. Recomeçarão. Com fé. O destino das áreas inundadas ainda não é claro. Está-se fazendo um trabalho de coleta de dados que poderá ajudar a desenvolver ações mais pontuais. Nós continuamos a manter o ponto de coleta do amigo padre Rogério, que fica em Itaipava, no início do vale, em um lugar relativamente acessível. Daqui, tentamos organizar as doações que ainda estão chegando. É um aspecto muito importante porque provavelmente as doações terminarão e aquilo que recebemos deverá durar além da emergência.
Na semana passada soubemos que uma menina mantida no Centro Educativo com a ajuda à distância da AVSI estava desaparecida e foi encontrada em uma das áreas de alagamento.
Um abraço.
Paola Gaggini (AVSI do Rio de Janeiro)
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