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OS FATOS

Compartilhar a plenitude da vida

23/03/2011 - Durante o feriado de carnaval, alguns universitários e adultos de CL de todo o Brasil foram à Petrópolis, na região do Vale do Cuiabá, uma das mais afetadas pelas enchentes de janeiro. Aline conta um pouco da experiência que viveu naqueles dias
Jovens fazem limpeza no Vale do Cuiabá.
Jovens fazem limpeza no Vale do Cuiabá.

Gostaria de falar um pouco de minha experiência em Petrópolis, nos dias de carnaval de 2011. Foram dias muito bonitos em que me senti muito amada e completamente feliz. Durante o trabalho com o grupo de amigos, me senti muito querida por todos eles e entreguei meu trabalho de uma forma impressionante. Não me preocupei em momento algum comigo, no sentido de não importar em me sujar, em ver toda aquela bagunça fora do lugar. Eu me importava apenas em doar aquele trabalho, em ficar atenta para o meu desejo de ajudar, em perguntar onde precisavam mais de ajuda e em aconselhar alguém para fazer um determinado trabalho. Eu estava inteira ali, pronta para o que viesse e totalmente disponível. E como fiquei maravilhada em ver tanta gente assim também, como eu estava. Eu ficava simplesmente maravilhada, surpresa com tudo aquilo. No final do dia, eu estava cansada fisicamente, mas com uma energia que vinha de dentro, com uma alegria e uma satisfação impressionantes.
Disse para uma amiga que aqueles eram os melhores dias de minha vida! Que eu tentava lembrar um dia em que fui mais feliz que aquele e não conseguia lembrar. Fiz uma amizade muito bonita com várias pessoas que foram para lá. A Giovanna e a Inaê de Ribeirão Preto me impressionaram pela alegria, disposição e uma sede de vida impressionantes! Não saí de lá com aquela sensação de trabalho e dever cumprido, e pronto, agora já fiz meu trabalho voluntário do ano e estou com meu lugar reservado no céu. Pelo contrário, saí de lá com o pedido de viver aquela experiência de entrega em minha vida cotidiana. Com o desejo de entregar minha vida assim como eu entreguei naqueles dias. Encaro isto como um desafio, mas que esta experiência vivida me impulsiona e motiva a ir fundo e atrás desse desejo e não desistir, pois o que vivi me mostrou que entregar a vida é possível e isto é o que nos deixa mais feliz.
Fico me perguntando: O que Cristo tem a ver com tudo isso? Acredito que aquelas pessoas que estavam trabalhando comigo eram a face de Cristo, eram o seu rosto me dizendo: Você não está sozinha, você tem companhia para viver esta entrega de vida, não precisa ter medo porque eu estou aqui! E foi exatamente isso que senti naqueles dias, não tive medo de nada! Lembrei de Carrón, quando disse que a questão não é que nosso desejo seja saciado, mas que tenhamos companhia para ele. Lá eu tive companhia para este desejo e consequentemente, ele foi saciado. Fico pensando na minha realidade hoje e vendo como sou mesquinha, medrosa, insegura. Fico querendo resolver todos os meus problemas sozinha, querendo dar conta de tudo. Quanta bobagem! Quanta falta de confiança! Fico lembrando de uma frase que minha amiga Elise me disse há algum tempo: “Se não vos atreveis a apoiar-vos em mim, jamais podereis experimentar que sois amparados”. Lá em Petrópolis eu entendi o que é apoiar em Cristo, que é entregar minha vida para Ele. E lá eu experimentei o que é ser amparado, que foi me sentir completamente amada por pessoas de carne e osso. Ele realmente está vivo de carne e osso, basta eu me arriscar a me apoiar Nele para conhecê-lo, para me sentir amada, amparada.
Hoje, a presença Dele em minha vida é algo muito misterioso e tenho dificuldade de definir ao certo. Mas, só sei de uma coisa: que preciso muito d'Ele e que sou uma pessoa humana mendicante de seu amor.

Aline Costa do Amaral Fonseca
Belo Horizonte- MG

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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