Em Florianópolis (SC), meus colegas do trabalho perguntavam: Você conhece quem vai ao acampamento? Eu respondia: Não conheço a maioria, mas sei quem são e porque querem ir ao acampamento. Respondi assim, meio sem falar em Cristo, porque ainda não se tem a fé de anunciá-lo nestas oportunidades, mesmo carregando-O e sabendo da missão de levá-Lo. Então lá no acampamento, na Lapinha, em Minas Gerais, percebi que era verdade, que respondi certo, mas faltava dizer o porquê.
O acampamento foi uma oportunidade em que vivemos uma grande e bela experiência. Primeiro a experiência da obediência, desde aceitar o lugar do acampamento, distante e de difícil acesso, on só restava confiar em quem definiu este lugar. Depois,
a obediência à natureza, de beleza simples, pura, mas imponente, e também a obediência à realidade que nos foi proposta. Mas foi obediência sem aquela anulação,
como acontece em frente à televisão, ou da nossa impotência diante das injustiças do dia-a-dia. Foi obediência Àquele que pertencemos, com a certeza que Ele existe e
habita entre nós.
Depois a experiência da simplicidade, onde percebemos que é possível sermos felizes, mesmo diante de uma realidade difícil, onde põe capa-de-chuva, tira capa, põe blusa, tira blusa, lava os pés e já suja na lama, mas em todos os momentos com
humildade, pois estávamos acampados longe de casa e sem o conforto da cama e do banheiro.
Diante de tudo o que aconteceu, ficou também a experiência do seguir. Quem diria que teria até criança de 2 meses. Seguimos nossos amigos e fomos abraçados e cuidados. Em alguns pequenos detalhes, percebe-se a grandeza da equipe organizativa, pela qual muito temos a agradecer. Registro um em particular, a colocação da luz no centro, no alto da tenda, de tal maneira que ninguém precisava das lanternas para os momentos propostos à noite (desde refeições, missa e brincadeiras) embaixo da grande tenda.
Como dizia uma das faixas, para encontrar Cristo é só olhar. É simples, mas precisamos ser ajudados a olhar e a aderir a proposta de estarmos nessa companhia que
nos faz encontrá-Lo. E assim, eu olhava e enxergava que todos ali viveram a maravilha e a letícia de uma experiência, a partir da adesão à proposta, de encontrar e ser
aquela presença que todos desejamos. E assim, nessa convivência, ninguém reclamou, nem se arrependeu ou quis desistir, pois todos sabiam quem são e porque foram.
Um encontro inesquecível.
(Rogério, de Florianópolis)
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Nesse carnaval, eu fiz uma coisa totalmente diferente do que eu normalmente fazia, e posso dizer que gostaria muito de repetir. Nesse carnaval, eu fui para o acampamento, junto com a minha família, com o Du e com o Ti, que a propósito, gostaram muito, também.
A aventura que é esse acampamento, na verdade, começou no momento em que eu saí de casa, pois nós oito fomos em um só carro, de 7 lugares. Mesmo super apertados, e com medo de pegarmos trânsito no percurso até o aeroporto, tudo ocorreu muito bem, até deu tempo de dar uma volta de balsa!
Chegando no aeroporto de Confins, uma nova dificuldade: a van que estaria nos esperando não tinha chegado! Tivemos que esperar no aeroporto, com todas as malas, até a van chegar. No fim, deu tudo certo novamente, fomos dormir na casa da Amanda.
No dia seguinte, acordamos cedo e fomos de van até o lugar marcado para pegar o ônibus, mas esse lugar estava sendo usado para o carnaval, então ficamos rodando, até acharmos um lugar que desse para o ônibus parar. Viajamos com uma outra van, junto com um pessoal de São Paulo. No meio do caminho, fomos parados pela polícia, mas logo liberados. Depois de chegarmos na estrada de terra, o ônibus que estávamos seguindo, se perdeu, e tivemos que voltar um pouco, até achar o caminho correto. Quando estávamos quase chegando no acampamento, a van não conseguiu subir uma parte da estrada, então tivemos que continuar o caminho a pé. Enfim conseguimos chegar no acampamento, arrumamos as barracas, jantamos, conversamos com os amigos que não víamos há tempo, e com os amigos que conhecemos na hora.
Até aqui, eu contei com o máximo de detalhes, pois só alguém de Floripa, ou da van que viajou com a gente poderia contar.
No acampamento, eu tentei aproveitar ao máximo o tempo que me foi dado perto daqueles que fazem que eu sinta Cristo perto de mim. Acordava cedo, ia dormir tarde, e nesse meio tempo, era uma alegria a cada momento, estava feliz se chovia, estava feliz se pisava na lama, estava feliz se tomava bronca por fazer algo de errado, estava feliz por tudo mesmo, e isso só pode ser explicado pela presença d'Ele, e eu digo que Ele é quem que nos faz sermos felizes, de um jeito ou de outro.
Na hora dos depoimentos, fiquei emocionado, pois percebi que estava acabando. Só o que me consolava, era que ano que vem, terá um novo acampamento, com novas pessoas, em um novo lugar, porém o mesmo sentimento irá se sobressair: a Felicidade
(André, de Florianópolis)
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