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OS FATOS

“A minha tristeza se tornou alegria”

por Annie Thompson
08/02/2012 - O encontro entre os universitários de CL dos Estados Unidos e padre Julián Carrón, logo depois do New York Encounter, deixou o sinal. “Tem alguém por trás do que me acontece? Alguém que me responde?”. E começa um caminho
Padre Carrón e os universitários.
Padre Carrón e os universitários.

Caminhando no vento frio da manhã nova-iorquina, me dirijo para a igreja de São Miguel, para contribuir com a preparação do dia que os estudantes universitários membros de CL (CLU) vão passar com padre Julián Carrón. Tem uma grande expectativa no ar. Enquanto organizo as cadeiras e as mesas, descubro em mim uma felicidade inesperada. O resto do dia, particularmente a assembleia, tem um papel crucial para me ajudar a olhar para a origem da novidade que estou experimentando. Emerge com clareza: não sou a única estudante do CLU que experimentou uma mudança durante a semana do New York Encounter ou no último semestre na universidade.
Depois da missa começamos a assembleia que tem como tema as experiências e as dificuldades da nossa vida cotidiana na escola. As primeiras duas perguntas apontam para o problema que muitos, inclusive eu, estão enfrentando. Frequentemente percebemos a realidade como excepcional, mas não como relacionamento. Carrón nos faz notar como é exatamente esta postura que está na raiz de todas as nossas incertezas e medos. Muitos relatam a novidade experimentada nas amizades, no estudo, bem como no New York Encounter. Não obstante isto, porém, na maior parte dos casos, a afirmação diante desta experiência é: “Incrível”. Fica difícil dizer com certeza “Tu”. John Paul, depois de descrever a novidade experimentada ao jogar-se nos relacionamentos com professores e colegas, diz a Carrón: “Para você, a realidade não é apenas excepcional, é relacionamento. Para mim, falta este último passo”. Nate fala da mudança experimentada no fim de semana e pergunta: “Tem alguém por trás do que me acontece? alguém que me responde?”. A resposta chega imediatamente: “Se não tem um relacionamento, é porque não entende verdadeiramente o que significa a palavra excepcional. Se alguém lhe dá um presente, é impossível que você não perceba um Outro. Se você olha para a realidade como dom, tudo se torna simples”. Mesmo olhar para a realidade como dom é uma característica da natureza humana, e é um problema de conhecimento. O ponto é tratá-la segundo a sua verdadeira natureza, de forma a não perder o melhor: o relacionamento com Quem nos ama tanto a ponto de fazer-Se dom para nós.
Com ternura e amor paterno, Carrón tomou o auditório pela mão e conduziu ao longo do percurso que a razão deve empreender para chegar a reconhecer a presença de Quem nos dá a realidade. O ponto de partida é a mudança que experimentamos: a novidade na escola, a vitalidade ao participar do New York Encounter, ou a felicidade ao organizar cadeiras e mesas. Esta mudança é um fato que precisamos considerar. Podemos comprar algo que provoque esta mudança? Algum chá? A mudança é um dom ou não? Em nós, a mudança se explica na partilha da vida com este grupo de pessoas, o CLU. Mas, quem são estas pessoas, cuja proximidade nos muda? Há algo, Alguém, presente entre nós. A mudança implica a existência de algo, e é o ponto de partida do relacionamento com este Alguém. Portanto, a decisão crucial da vida é olhar para a realidade como dom ou como aparência. Para usar a afirmação de Carrón: “Em duas palavras, o mistério da vida: aparência ou dom”.
Como é incrivelmente simples. E, no entanto, que desafio para a minha mentalidade positivista, que gostaria de reduzir tudo a aparência.
O resto da assembleia foi uma sequência de perguntas e testemunhos de estudantes que estão claramente vivendo um relacionamento com o “Tu”, e foram incrivelmente libertados de seus medos. Constanza relata como se sente livre do ser definida pelo sucesso ou por um futuro bem planejado. Nick fala da sensação de liberdade, nunca antes vivida, experimentada nos dias do New York Encounter. Melissa descreve como os seus estudos se tornaram fascinantes no momento em que começou a levar a sério a hipótese de Cristo diante do trabalho que tinha que realizar.
O que aconteceu durante o dia que o CLU passou com Carrón? Uma missa, um encontro sobre a música comovente de Villa-Lobos, um almoço com amigos que se implicam com a realidade, e uma assembleia animada pela orientação amorosa de Carrón. A partilha da vida. Um dom. Por meio da sua ajuda e do testemunho dos amigos, voltei para casa dizendo “Tu” com certeza. Este dia aprofundou o meu relacionamento com Cristo, que é tão real que mudou o meu cansaço em alegria. E me muda agora.

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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