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OS FATOS

Campinas promove apresentação de “Na Origem da pretensão Cristã”

05/06/2012 - Mesa redonda contou com o monge beneditino Dom Abade Joaquim Arruda Zamith, Dr. Andres Yunes e Marco Montrasi, de Comunhão e Libertação
Dr. Andres, Abade Joaquim e Marco Montrasi
Dr. Andres, Abade Joaquim e Marco Montrasi

No dia 19 de maio na Igreja Nossa Senhora do Rosário em Campinas foi realizada uma mesa redonda para a apresentação do livro Na origem da pretensão cristã de Luigi Giussani, coordenada pelo médico Dr. Cesar Osório de Oliveira com a participação de Dom Abade Joaquim Arruda Zamith, monge beneditino do mosteiro de Vinhedo – SP, Prof. Dr. Andres Yunes doutor em Genética e Biologia Molecular da UNICAMP e Marco Montrasi, responsável pelo Movimento de Comunhão e Libertação.

O Prof. Andres contou que a experiência do movimento o marca desde a juventude, quando seus pais conheceram o Movimento Comunhão e Libertação. No decorrer de sua vida seguiu outros caminhos, mas nunca deixou de retornar a beber esta fonte e que o livro o ajudava a reconhecer o fato presente de Cristo ainda hoje, ajudando a ter uma abertura à realidade.

Dom Joaquim disse que o fato que o marcou na leitura do livro foi reconhecer como o acontecimento cristão é presente nos dias de hoje, ajudando a reler os fatos narrados nos evangelhos como algo pertinente aos nossos dias e que a condição para isto é a nossa atenção. “Se a janela está aberta ou fechada para deixar que luz entre.”

Marco Montrasi ressaltou como o encontro com D. Giussani mudou sua vida, na adolescência. Mesmo fazendo as mesmas coisas sua mãe o percebia diferente. Na leitura do livro ele é ajudado a não deixar sua humanidade de lado, mas ao contrário levá-la a sério, considerando todas as suas necessidades para que possa encontrar resposta à pergunta: quem é Este homem?

Permanecemos juntos após o encontro e os convidados tinham o desejo de saber mais sobre D. Giussani e o Movimento Comunhão e Libertação. É interessante perceber como esta experiência corresponde à humanidade das pessoas.

Testemunhos

Sempre que “inventamos ou propomos” uma coisa nova para a comunidade, dá aquele “frio na barriga” aparece junto com a ansiedade, as preocupações e todos os afazeres necessários para realizar o gesto. Mas a nossa comunidade me surpreende! Dividimos-nos, cada um faz o seu melhor naquilo que sabe e pode e, quando tudo acontece... Surpresa!
Os convidados para a mesa redonda me encantaram com suas falas e testemunhos, ficando claro como a experiência cristã é um caminho, iniciado nas famílias, passando pela juventude e mesmo na maturidade sempre nos é pedido para “abrirmos a janela para deixar o sol entrar”. E como D. Guissani é um facilitador para entender e compreender a nossa humanidade e desta maneira estarmos sempre mais vivos e abertos ao encontro de Cristo que sempre vem nos encontrar.
Depois de um breve café, onde todos queriam conversar mais, estreitando relacionamentos e amizades, fomos para casa saborear as sopinhas que preparamos... pães, lanches, vinho, bolo delicioso (feito pela Mariana) e muita, muita conversa, cada um contando a sua historia e falando claro de...comida!!
No domingo a missa no Mosteiro de S. Bento em Vinhedo me encantou, a liturgia, os ritos, os cantos, tudo me lembrava D. testemunhos de Giussani que sempre me desperta para a beleza, aos desejos de infinito que é o meu coração. Para mim naquele momento o infinito se fez presente.
E o café da manhã? Maravilhoso! O pouco de cada um rendeu uma mesa farta de alimentos e alegria por estarmos novamente juntos ao redor da mesa. Depois de nos alimentar pedi ao Bracco que nos dissesse o que tinha sido para ele o final de semana: ele estava surpreso em encontrar uma comunidade viva e fiel ao carisma de D. Giussani, diferente de Milão onde o centro de Comunhão e Libertação é a séde onde se reunem milhares de pessoas. Emocionado e agradecido pelos testemunhos e acolhida nos pediu que esta fidelidade permanecesse para que a nossa amizade possa florescer.
A Bete agradecida pelo final de semana nos disse que o seu pedido era atendido, pois Bracco apontava a Cristo. Getulio nos disse o quanto a comunidade era importante para a sua vida nos momentos difíceis que passou, inclusive quando morou fora por mais de um ano. Seu vínculo permaneceu através dos e-mails onde sabia de nossas Escolas de Comunidade e nossas vidas. O Luiz Gustavo emocionado disse-nos que sem a companhia de CL no Rio de Janeiro não conseguiria trabalhar e morar lá e reencontrar toda a comunidade inclusive com a fartura da mesa e das conversas o revigoraram para novos dias que virão. Ângela nos disse que sempre nestes encontros ela reencontra uma parte da família que Deus lhe dá, sempre um novo irmão, alguém que vem acrescentar na sua vida e família. Para mim a apresentação do livro e a visita e a convivência com o Bracco é relembrar de todos que participaram deste caminho, de todos que não conseguiram vir e daqueles que estão distantes de nós, pois, de alguma maneira nos ajudaram a encontrar Cristo.
Para culminar não poderia deixar de agradecer a especialmente a Mariana. Ela nos fez um delicioso bolo de cenoura e no domingo tocou três músicas no piano. Ela me emocionou no profundo do meu coração (ela poucas vezes tocou para nós), pois ao aceitar prontamente ao pedido do Bracco, para mim era como responder a Cristo presente entre nós. Eu sou profundamente agradecida a esta companhia que me ajuda no caminho rumo ao meu destino.
(Stela Maris Rinke)


Amigos, fiquei muito impressionado com a terceira resposta do Braco a pergunta da Stela sobre a repugnância natural diante da pretensão cristã. Ele deu uma primeira resposta mas, não satisfeito deu outra e, ainda insatisfeito, deu a terceira. Então parou tendo atingido uma luz nova. A repugnância diante de um absoluto aqui e agora que me oferece salvação nasce da minha pretensão de definir a mim mesmo. É reflexo do pecado original. Secretamente nós não queremos precisar radicalmente de Deus mas, sim ter os nossos méritos. Se a verdade chega ao humano sua luz descobre nosso segredo. É repugnante que Ele nos descubra e revele nos deixando como que despidos. É como uma vergonha ...
Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: "Onde está você? " E ele respondeu: "Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi". Gênesis 3:9-10
Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, temendo que as suas obras sejam manifestas. João 3:19-20. É mas ou menos isto tudo que me veio da terceira reposta do Bracco. Surpreendente.
Depois foi bonito ver como ele há alguns anos saiu lá de Milão, de junto ao berço do carisma, foi morar no Rio e um dia vem até Campinas para presenciar uma história. A história do mesmo carisma que teima nos reunir. Vai um vem outro, o tempo passa e aquilo esta lá. Como pode? Um punhado de gente totalmente improvável, sendo sinal de um Outro.
(Sergio)


Este final de semana foi à resposta de um longo período de oração.
Desde muito tempo, tenho reconhecido em mim o desejo de estar perto de pessoas que possam me ajudar a viver mais profundamente o carisma de D. Giussani.
O final de semana começou quando nasceu o desejo de lançar o livro aqui em nossa comunidade, algo que sempre que nos arriscamos a fazer, nos ajuda a sermos mais amigos, pois como brigamos mais, nos conhecemos mais e aprendemos a nos perdoar mais, como disse a Stela: “Não paramos nos nossos limites, graças a Deus.”.
Dividir as tarefas, cada um fazendo aquilo que tem o dom e que pode disponibilizar de tempo. A visita a D. Airton José nosso novo bispo, convidando-o para o gesto e ele com uma humanidade percebida pela Rosa, de atenção ao que era dito, foi impactante para quem estava lá.
Depois o final de semana propriamente dito, arrumar o local, preparar a comida, pensar em cada pessoa que receberíamos acolher a cada um que chegava. “Uma atitude análoga à de quem, vendo um amigo chegar, o identifica entre os outros e o cumprimenta”. (Na origem da pretensão cristã - pg. 46). Sinal desta simplicidade.
Escutar com atenção cada colocação, com seu valor, com sua história pessoal lançada em minha direção para comparar com minha experiência.
Ver uma pessoa que faz o caminho Jesuíta dizer que visita o site do movimento quando está seco, porque fazendo a Escola de Comunidade do padre Carron se revigora, foi um juízo. Eu muitas vezes não aproveito o que temos de instrumentos para aprofundar aquilo que peço todos os dias em oração: aprofundar o carisma de D. Giussani.
Jantarmos juntos aquela sopinha de legumes e ervilha, conversando sobre coisas banais, ou seja, nos conhecendo, pois é a primeira visita do Bracco em nossa comunidade, esperamos que este seja só a primeira de muitas outras.
Missa da comunidade e café da manhã juntos novamente.
Estarmos juntos com a comunidade e o Bracco foi reafirmar para mim o que pe Carron falou nos exercícios da fraternidade. Apontar o método claramente: atraídos por uma pessoa, que nos aponta Cristo. Isto para mim foi à experiência mais forte e que respondeu as minhas orações, desde muito peço uma companhia próxima e paternal. Desejo e rezo que este relacionamento posso se aprofundar comigo e com a comunidade, pois é o mesmo que desejamos e já iniciamos com o Pe. Julián de la Morena.
(Bete)


Qual a minha impressão do encontro?
Primeiramente, a alegria de encontrá-los a todos, a começar pelo Jakiney que me acompanhou desde Barão Geraldo. Depois, escutando a fala do Marco, fui percebendo que a forma como eu me havia aproximado do livro foi, infelizmente, a partir do intelecto, como se costuma fazer com os trabalhos acadêmicos. Não a partir da experiência vivida. Vale para vocês também, quando forem fazer a escola de comunidade. Recentemente, uma amiga que perdeu seu pai comentava que sentia o "desejo de que ele tivesse sido mais feliz em vida". Dizia-me também o Dener, lá do CL de São João del Rey, "temos que levar a vida a sério, não podemos bobear". Em suma, fico com esse chamado de atenção de levar a minha vida a sério, como minha filhinha Ariela, que tem uma vitalidade tal que ao acordar quer já levantar da cama para ir brincar e aproveitar o dia. Fico com o chamado de atenção para me empenhar mais na oração diária, mesmo no meio de tantas ocupações, pedindo que Cristo irrompa em minha vida, pois se não é Ele que vem (na amizade que vocês me têm, e que eu não mereço), meu esforço não alcança. Um chamado, portanto, a tentar manter vivo o desejo do meu coração que pra mim é experimentar que tudo tem a ver com a misericórdia de Deus que age pela minha salvação, delicadamente, atendendo a esse meu desejo, sem sequer pedir que eu mude antes, como dizia o Marco. A misericórdia de Deus é mesmo desconcertante.
(Andres Yunes)

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