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OS FATOS

“Na vida não quero perder nada”

por Annie Thompson
17/02/2014 - Encontrando centenas de estudantes universitários durante sua visita anual aos Estados Unidos, padre Carrón “encaminhou cada um ao seu caminho”, cheios de curiosidade e esperança pela presença promissora que encontraram

Pelo menos 200 estudantes universitários provenientes de todos os cantos dos Estados Unidos e do Canadá encontraram-se em Nova York para assistirem a uma missa e participarem de uma assembleia com padre Julián Carrón no último dia 19 de janeiro. Este fato, em si e por si só, destaca-se como o aspecto mais significativo das poucas horas que passamos juntos. Um desejo intenso – que não se encontra muito entre os estudantes de hoje – nos motivou a nos reunirmos e era visível em cada um daqueles rostos.

James, de Toronto, foi o primeiro a falar. Perguntou como a experiência de um outro pode se tornar também sua, pois, como ele mesmo disse: “Não quero perder nada”. Partindo daí, padre Carrón focou o discurso nessa necessidade urgente e humana de não perder ou deixar escapar qualquer experiência bela na vida. Fazendo uma comparação com o apaixonar-se, padre Carrón destacou como todos os nossos esforços não são suficientes para fazer durar para sempre um relacionamento. E então temos de nos perguntar: há algo que possa salvar o que amamos? Ou, afinal, todas as coisas belas e fundamentais da vida estão destinadas a se dissolver e desaparecer?

Fazer-se tais perguntas, prosseguiu, é importante não porque somos cristãos, mas porque somos seres humanos. Por isso, se somos verdadeiros conosco mesmos, cada um de nós deve encontrar uma resposta à pergunta que nada pode apagar e a que nenhuma estratégia pode dar uma resposta.

Essa busca humana, disse padre Carrón, é a aventura da vida. A vida começa de fato no momento em que nós somos curiosos, abertos a qualquer vislumbre de resposta. Além disso, somente através desta busca a experiência do outro se torna interessante também para nós. João e André seguiram Jesus porque eram curiosos e haviam encontrado alguém que prometia uma solução à sua necessidade humana. Do mesmo modo para nós, para a nossa busca, sublinhou Carrón, uma aula não serve. E não serve tampouco um grupo ou uma ideologia. O que serve é o ser curioso diante de cada momento da vida cotidiana, para julgar se a experiência daqueles que nos circundam sugere uma resposta que nos permita não perder nada. Este método, continuava Carrón, é simples, fácil e é o único modo de ser autenticamente humano.

Seguindo seu próprio conselho, padre Carrón encerrou a conversa após ter apresentado o tema e respondido brevemente a várias perguntas. “Por hoje basta!”, disse, deixando de braços levantados muitos estudantes que ainda queriam fazer uma pergunta, na esperança de serem interpelados; mas isso me marcou como um exemplo prático do que mal tínhamos ouvido. Quando volto para casa, para enfrentar a minha realidade cotidiana, não me ajudam muitos pensamentos e palavras, o que me ajuda é ter encontrado pessoas que vivem de uma maneira nova e promissora. Só a extraordinária unidade de duzentas pessoas assim já foi suficiente para me recolocar em marcha, cheia de entusiasmo e esperança. O nosso reunir-se juntos continha a clara promessa de uma resposta.

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