Passei esta semana do Meeting com os jovens da Associação Cometa que faziam trabalho voluntário no restaurante Romagnolo e no Graticula e com um belo grupo de estudantes universitários e recém-formados na mostra sobre a Síria com o casal de arqueólogos Marilyn Kelly e Giorgio Buccellati. Uma companhia excepcional. Foi o contato quotidiano com esses jovens que me fez viver e compreender o Meeting. Esta foi a descoberta deste ano, que o ideal é grande porque dentro dele vive o mover-se dos pequenos, explode na humanidade de quem o reconhece.
O que me impressionou nestes estudantes foi que para eles o principal não era servir as mesas ou fazer corretamente o serviço de guias, mas a própria vida, o desejo de felicidade que a move. Em algumas noites estavam cansados pelo trabalho do dia, um trabalho árduo porque ficavam sete ou oito horas no restaurante ou na mostra e isso não é fácil de ser executado com uma atenção constante. Pois bem, voltando para casa, esses jovens, ao invés de espairecer, começavam um diálogo a respeito do que haviam vivido durante o dia porque desejavam compreender para si aquilo do qual estavam participando. Isso é o que me agradou no Meeting deste ano, ir às periferias é procurar por si mesmos aquilo que responde à necessidade da vida. O que me impressionou e comoveu nesses jovens foi que se levavam a sério, faziam o voluntariado para compreender mais a si mesmos e isso me fez viver intensamente o meu humilde trabalho na mostra sobre a Síria.
Aconteceu assim assistir a algo de excepcional. Levavam a sério a si mesmos e colocavam o próprio eu no centro. E isso os fez crescer e me fez crescer também, porque quanto mais se colocava no centro a própria humanidade, melhor era executada aquela pequena tarefa que se tinha e ficava claro que existia sentido vivê-la, mas, apenas se em relação com o ideal do Meeting. Isso me fez compreender uma coisa notável que vale para a vida, que para fazer bem o trabalho de guia ou para servir bem no restaurante é necessário saber alguma coisa, claro, mas existe algo anterior, a iniciativa do próprio eu, o seu respiro ideal. De outra forma, tudo se torna uma gaiola sufocante. Esses jovens, com os quais fiz o voluntariado no Meeting, fizeram-me aprender uma coisa importantíssima: só quando se coloca em foco o próprio desejo de felicidade é que se pode servir a uma grande obra.
Gianni, Milão
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