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OS FATOS

Esperar o ônibus para ser livre

17/03/2016 - Umas férias especiais, entre brincadeiras, encontros e orações. Para descobrir o gosto de “viver o presente e amar a realidade”. O medo antes da partida, até à descoberta de uma beleza inesperada, capaz de superar também a solidão
Momento de cantos nas férias dos colegiais nos EUA.
Momento de cantos nas férias dos colegiais nos EUA.

Sou italiana e vivo em Jersey City, uma cidade perto de Nova York. Faço intercâmbio e frequento o penúltimo ano do ensino médio nos Estados Unidos. Algumas semanas atrás, participei das breves férias dos colegiais de CL, às quais participaram jovens de Nova York e de outros Estados americanos. Em princípio não sabia se iria: eu tinha participado apenas de dois encontros em Manhattan e não conhecia bem os jovens do grupo americano. “Se você não se sente a vontade, pode também não ir”, disseram-me os meus pais lá da Itália. Mas, dentro de mim, tinha a necessidade de ir, não queria correr o risco de perder aquilo que eu percebia como uma ocasião de beleza. Decidi inscrever-me. O encontro para a partida era em Staten Island, distante uma hora da minha casa. Sendo que ninguém do grupo dos colegiais mora perto de mim, não pude pedir carona. Fui a Manhattan e esperei no frio, com mala e saco de dormir, um ônibus que não chegava nunca. Pensava: “E se afinal eu não voltar nem mesmo contente, quem me mandou fazer isto?”. Voltei mais que contente. Sinto como se tivesse acordado. Encontrei aquela beleza que esperava: as brincadeiras, a oração, os encontros, os cantos… Tudo era belo, tudo era verdadeiro. Ainda que não conhecesse bem as pessoas que me circundavam, sentia uma amizade com eles. Talvez porque estávamos sedentos da mesma beleza. O que mais me tocou foram os cantos. É incrível como cantar possa unir as pessoas. Alguns cantos conseguiram até emocionar-me: suscitaram em mim aquela tristeza suave que não é propriamente tristeza, mas é saudade e necessidade do abraço de Deus. “For Freedom, set free”: A liberdade vos tornará livres, este era o título das férias. Compartilhamos a convicção de que ser verdadeiramente livres é aderir àquilo que é verdadeiro. É isto o que eu quero: viver o presente e amar a realidade.

Carolina, Pensilvânia (EUA)

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