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OS FATOS

Museu Nacional de Belas Artes reabre no Rio

22/02/2011 - Exposições
''Primeira Missa no Brasil'', de Vitor Meireles
''Primeira Missa no Brasil'', de Vitor Meireles

Fechada para obras de reforma desde 2008, a nova Galeria de Arte Brasileira do Século XIX foi reinaugurada neste mês no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro
O espaço concentra nada menos do que os mais significativos autores e obras produzidas no século XIX no Brasil. Trata-se também da galeria de arte permanente mais antiga do Rio de Janeiro, pois no início do século XX, abrigava uma seleção da pinacoteca da Escola Nacional de Belas Artes,cujo acervo, em parte, foi mais tarde transferido para o Museu Nacional de Belas Artes. Estão em exibição 230 trabalhos, ou seja, 100 a mais do que a versão anterior. A coleção engloba pinturas, esculturas, arte sobre papel e mobiliário, todos restaurados para a mostra.
Entre os destaques estão ícones das artes visuais como “Batalha do Avai”, de Pedro Américo (medindo 66 m², data: 1872/1877) ; “Batalha dos Guararapes” (com 50 m², data: 1879) e “Primeira Missa no Brasil”(1860), ambas de Vitor Meireles. Além destas obras monumentais, a mostra vai exibir “Más noticias”, de Rodolfo Amoedo (1895); “Descanso da modelo”, de Almeida Junior (1882), “Gioventu”, de Eliseu Visconti (1898), além de esculturas como “Cristo e a mulher adúltera”, de Rodolfo Bernardelli(1888); “O rio Paraíba do Sul”, de Almeida Reis(1886); e “Alegoria do Império Brasileiro”, de Chaves Pinheiro(1872). Além disso estão presentes trabalhos assinados por Belmiro de Almeida, Debret, Agostinho da Mota, Taunay, Araújo Porto Alegre, Zeferino da Costa, Castagneto, Antonio Parreira, Henrique Bernardelli, Facchinetti, e Estevão Silva, dentre dezenas de outros.
Algumas curiosidades cercam esta exposição permanente: a tela “São Pedro de Alcantara” (autor desconhecido) vai poder ser vista pela primeira vez, enquanto que a pintura “O remorso de Judas”, de Almeida Junior, volta às paredes da Galeria depois de 60 anos. O último segmento da Galeria ganhou um espaço para abrigar obras de arte sobre papel, como aquarelas de Rodolfo Amoedo e de Henrique Bernardelli, por exemplo.
Traçando um roteiro da exposição, o museólogo Pedro Xexéo afirma que “procura-se esboçar nesta galeria o retrato mais aproximado da evolução da arte produzida durante o século XIX no Brasil. Desenrola-se um vasto panorama que narra, pouco a pouco, seus capitulos significativos, compreendidos entre a segunda década do século XIX e os anos iniciais do seculo XX. Sucedem-se esculturas e pinturas que ilustram não só os estilos tradicionais – o neoclassicismo, o romantismo brasileiro e algumas de suas variantes, como o realismo, o esboço de uma arte simbolista e um exemplar temporão do impressionismo – como também os gêneros típicos da arte oitocentista: aquele inspirado por eventos historicos, o retrato, a cena de gênero, a natureza-morta, a paisagem de ateliê e ainda, sua contrapartida realista, a paisagem ao ar livre, nascida fora das academias”.
A restauração da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX do Museu Nacional de Belas Artes contou com o aporte financeiro de instituições e órgãos como a Petrobras, o BNDES, o Banco Itaú, a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo, além de recursos diretos do Ministério da Cultura.

(Com informações do Jornal do Brasil)

Serviço: Galeria de Arte Brasileira do Século XIX – Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro
Horário: terça a sexta, de 10/18h; Sábado, domingo e feriado: 12/17h
Endereço: Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia (Rio de Janeiro)

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