O Meeting per l’amicizia fra i popoli (Encontro para a amizade entre os povos), ou, como é mais conhecido, o Meeting de Rímini – que acontece todos os anos, desde 1980, durante uma semana da segunda metade do mês de agosto – é o festival de verão europeu mais freqüentado do mundo. Seus números são impressionantes: desde suas primeiras edições são 400 exposições, 3.000 encontros, 5.000 palestrantes, expositores e artistas se apresentando. A participação média é de 700 mil pessoas por ano. Tudo isso é movido a partir de uma equipe fixa de 11 pessoas e um exército de 3.000 voluntários, na maioria jovens universitários, que chegam de toda a Itália e de outros dez países, dos Estados Unidos ao Cazaquistão – e o número de pessoas que se oferece gratuitamente para o trabalho é sempre superior às necessidades.
Apesar da variedade de temas, a presença do público em cada encontro gira em torno de uma média extraordinária de 5 a 10 mil pessoas. Esse número se mantém, seja nos encontros culturais, freqüentemente de nível universitário e pós-universitário, como, por exemplo, sobre a História da Arte, Teologia, Filosofia e Ciência. Alguns nomes que já falaram no Meeting dão idéia de sua diversidade: intelectuais como Emmanuel Levinas e Jean Guitton; políticos como Helmut Kohl, Simone Veil, Lech Walesa e José Maria Aznar; personalidades religiosas como Madre Teresa de Calcutá, o Dalai Lama, o papa João Paulo II e o cardeal Joseph Ratzinger, artistas como José Carreras, Martha Graham, Eugene Ionesco e Andrei Tarkovskij; ganhadores do Prêmio Nobel como Abdus Salam, George Smooth e Wangari Maathai; jornalistas como Wadah Khanfar, diretor geral da TV muçulmana Al Jazera.
O Meeting de Rímini se inspira de modo explícito na visão católica do mundo, fruto da iniciativa de pessoas e grupos que vivem a experiência cristã do Movimento ‘’Comunhão e Libertação’’. Portanto, na raiz do Meeting está uma visão do mundo certamente não majoritária na cultura do nosso tempo; e sobretudo uma cultura que, no melhor dos casos, a considera “específica” e incapaz de universalidade. Mas ao contrário, o Meeting tem o objetivo de ser um lugar onde a fé cristã “grita a todo o mundo a paixão pelo humano que lhe é própria”.
Acima de qualquer diferença, não com uma dúvida comum, mas com uma comum condição humana, está na base do pacífico encontro e diálogo entre as várias pessoas e as várias experiências. Ter encontrado algo que se reconhece como radicalmente certo, de fato não fecha a pessoa, mas a abre a um desejo de descoberta e de reconhecimento de tudo o que existe de bom e de bonito, segundo o convite de São Paulo: “Avaliai tudo e ficai com o que tem valor”. Então a razão, indispensável instrumento do eu, certa da sua guia, torna-se uma porta continuamente aberta ao Mistério, àquele algo que se pressente, mas cujos conteúdos lhe fogem: sobre aquele “imprevisto” que, como dizia o poeta Montale em um famoso verso, “é a única esperança”.
É um lugar no qual – mesmo na forma extraordinária e paradigmática da festa – se constrói e se vive em um horizonte cultural marcado pela busca do sentido da experiência humana e pelo encontro entre aqueles que buscam sinceramente uma resposta para suas interrogações. Mostra ainda as provas de que esse horizonte cultural e esse encontro são possíveis e podem mudar a realidade. Neste sentido, o Meeting de Rímini é uma realidade interessante para qualquer pessoa atenta, vivaz e curiosa, qualquer que seja a sua visão do mundo.
Conheça mais sobre a feira no site www.meetingrimini.org
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