Vai para os conteúdos

LEITURA

A vida e o pensamento de T. S. Eliot

24/04/2012 - Ao detalhar a vida do poeta, o norte-americano Russell Kirk mergulha na fonte de suas convicções e influências literárias

Publicado originalmente em 1971 e relançado pela Editora É Realizações “A Era de T. S. Eliot” é uma introdução à vida, às ideias e às obras literárias do poeta na visão de Russell Kirk (1918-1994), pensador conservador norte-americano. A obra é enriquecida com uma leitura abrangente dos autores que mais influenciaram Eliot, suas experiências e convicções. Kirk conviveu com o poeta e segue o curso de suas ideias políticas e culturais até suas fontes.

Poeta de os “Coros da Rocha” e "The Waste Land" Thomas Stearns Eliot nasceu em St. Louis, Missouri, nos Estados Unidos, mudou-se para a Inglaterra em 191, então com 25 anos, tornando-se cidadão britânico em 1927, com 39 anos de idade. Depois da guerra, nos anos vinte, conviveu com diversos artistas em Paris. A poesia francesa exerceu grande influência na obra de Eliot, em particular o simbolista Charles Baudelaire, cujas imagens da vida em Paris serviram de modelo para a imagem de Londres pintada por Eliot. Começou a estudar sânscrito e religiões orientais, chegando a ser aluno do renomado armênio G. I. Gurdjieff. A obra de Eliot, após a sua conversão ao cristianismo pela Igreja Anglicana, é frequentemente religiosa em sua natureza como demonstra em "Coros da Rocha".

Eliot foi um americano que escolheu ser inglês. Ele chegou a se descrever como "classicista em literatura, monarquista em política e anglo-católico em religião". Suas obras mais marcantes são o poema The Love Song of J. Alfred Prufrock (A Canção de Amor de J. Alfred Prufrock), de 1917, e os volumes The Waste Land (A Terra Desolada), de 1922, e Four Quartets (Quatro Quartetos), de 1945.

Com referências cultas — Dante, Shakespeare, religiões orientais —, Eliot dedicou-se a experimentações poéticas que conquistaram grande influência na literatura moderna. Em "J. Alfred Prufrock", destaca-se o chamado "fluxo de consciência" do narrador (Prufrock), que apresenta imagens de seu subconsciente. É um poema marcadamente modernista, marcado pelo refrão "In the room the women come and go / Talking of Michelangelo" (No saguão as mulheres vêm e vão / A falar de Miguelangelo").

Em The Waste Land ("Abril é o mais cruel dos meses"), Eliot traça um ambicioso painel poético sob a influência das desilusões deixadas pela Primeira Grande Guerra. Difíceis de enquadrar como gênero poético, os Quatro Quartetos compõem-se de quatro poemas longos que originalmente foram publicados em separado: "Burnt Norton" (1936), "East Coker" (1940), "The Dry Salvages" (1941) e "Little Gidding" (1942). Os títulos correspondem a localidades inglesas. Cada um desses poemas contém cinco seções. No texto, há reflexões religiosas, históricas, físicas e metafísicas. Os versos longos são uma característica marcante da poesia de Eliot.

"A Era de T. S. Eliot" foi traduzido por Márcia Xavier de Brito, traz apresentação do Prof. Benjamin G. Lockerd Jr. , catedrático de Literatura Inglesa da Grand Valley State University e ex-presidente da International Eliot Society, e do filósofo Alex Catarino sobre a vida e imaginação de Russell Kirk.

A Era de T.S. Eliot
A Imaginação Moral do Século XX

Autor: Russel Kirk
Tradução: Márcia Xavier de Brito
Editora É Realizações
http://www.erealizacoes.com.br/default.asp

Outras notícias

 
 

Credits / © Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

Volta ao início da página