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ARTE

A caminho de Emaús

por Giuseppe Frangi
28/03/2013 - Como acontece todos os anos, o Movimento de CL propõe uma imagem artística e um texto como ajuda para viver o mistério da Páscoa

Este baixo-relevo conservado no claustro do mosteiro beneditino de São Domenico de Silos, no coração da Castilha, Espanha, é uma obra que fala por si só. Dois discípulos que se encaminham para Emaús encontram um peregrino e o convidam para passar a noite ali. O primeiro, provavelmente Cleofa, com o dedo levantado (hoje danificado) indica o céu que está ficando escuro e em sua boca podemos imaginar as palavras do Evangelho: “Fique conosco porque a noite cai e o dia está terminando”. O segundo, ao contrário, segura um livro que parece um dos códigos manuscritos que eram meditados no mosteiro, referência ao sentido das escrituras que o peregrino revelou ao longo do caminho. Podemos entender que o convite para ficar com eles foi aceito pela posição dos pés do peregrino-Jesus (que, nesta imagem não aparecem): um dos dois, de fato, está virado para trás. Jesus usa roupas estranhas. O traje é real, enquanto o gorro tem o formato das coroas usadas pelos imperadores bizantinos; o manto é rico e bordado com pérolas. Mas Jesus também tem os símbolos do peregrino: a bolsa tem uma concha como fecho, e é enriquecida com uma tira com cinco conchas. O Jesus de Silos é rei, mas também peregrino. O baixo-relevo de Silos é contemporâneo ao surgimento do fenômeno de Santiago de Compostela. O mosteiro não estava na rota da peregrinação, mas é provável que a fama dos milagres acontecidos no túmulo de seu fundador atraísse muitos fiéis. O baixo-relevo, que data da metade do século XII, está sobre pilastras no lado do claustro e tem dimensões excepcionais para a época. Essas figuras, originalmente, eram coloridas: ainda mais preciosas e plenas de uma força de identificação.

As frases do Cartaz 2013:

"A história de Jesus de Nazaré não pode ser limitada a um passado longínquo, mas é decisiva para a nossa fé hoje. Que significa afirmar que Jesus de Nazaré, que viveu entre a Galileia e a Judeia há dois mil anos, é 'contemporâneo' de cada homem e mulher que vive hoje e em todos os tempos? Jesus entrou para sempre na história humana e continua a viver nela, com a sua beleza e poder, naquele corpo frágil e sempre necessitado de purificação, mas também infinitamente cheio do amor divino, que é a Igreja, na qual Ele está presente com a sua paixão, morte e ressurreição. É este o motivo que torna a Igreja contemporânea a cada homem, capaz de abraçar todos os homens e todas as épocas".
(Bento XVI)

"O fato da Encarnação, a inconcebível pretensão cristã, permaneceu na história em sua substancial integralidade: um homem que é Deus – que, portanto, conhece o homem e a quem o homem deve seguir para ter o verdadeiro conhecimento de si mesmo e das coisas. A experiência inicial daqueles que viveram com Jesus e O seguiram, transmitida pelos Evangelhos, possui um significado inequívoco: o homem não foi abandonado pelo destino. O cristianismo é um acontecimento que foi anunciado nos séculos e nos alcança ainda hoje. O verdadeiro problema é que o homem o reconheça com amor".
(Luigi Giussani)

Estão disponíveis traduções em diversas línguas. É possível visualizá-las pela página inicial do site internacional de CL: clonline.org

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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