Sou muito grato a vocês por discutirem sobre o volume que
contém as minhas idéias, expostas durante tantos anos de aula, inicialmente em um Colégio e sobretudo na Universidade. A cada ano eu dizia: “Não quero forçar ninguém a se convencer, mas não quero que alguém renegue o que digo sem ter ao menos lido as razões que digo”.
Permito-me pedir a vocês que leiam-me com o intento sincero e imediato de partilhar com todos os jovens a dificuldade que têm de entender o valor da religião que surgiu de Jesus, filho de Maria, hebreu de Nazaré.
Não se entende a não ser verificando as idéias e os valores na própria experiência pessoal. Esta experiência pode consistir também simplesmente no choque, no particular sentimento que se surpreende em si mesmos ou na história de um povo ou do mundo.
A experiência diz coisas que demonstram a sua verdade. O que digo a vocês foi-me inteiramente ditado por algo que estudei, desejei, do qual tive repulsa, mas finalmente amei com paixão.
Para mim é a experiência que ensina todo o valor das idéias e das coisas, permanecendo no tempo de maneira persuasiva ou até duvidosa. Também grandes pintores, músicos e poetas demonstram retornar continuamente o· tema inspirado em uma “beleza” que encontraram.
Nesta ocasião que vocês me deram, faço-lhes os votos de uma sinceridade, de uma franqueza em tudo e de um amor à verdade que seja também partilhado.
A minha vida conheceu a letícia sob estas condições.
Enfim, quero repetir a vocês o que Santa Catarina, analfabeta, que é o maior gênio feminino italiano, dizia ao último Papa de Avignon: “Se o senhor for o que deve ser, colocará fogo na Itália
inteira. Não se contente com as pequenas coisas: Ele, deus, as quer grandes”.
Bom caminho.
Dom Giussani
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón