Queridos amigos,
quantas vezes penso em vocês emaranhados em meio às mudanças de estado de ânimo, travados nas suas reações; invade-me uma infinita ternura por cada um de vocês e me pergunto: quem sabe como cada um vai se livrar disso sem acabar na confusão, entregando os pontos?
Encoraja-me pensar em vocês maravilhados quando descobrem emergir em vocês, uma vez após outra – em meio a todas as mudanças de humor que ninguém consegue evitar –, o desejo de felicidade, daquele ímpeto de realização, que não lhes dá trégua, rumo a um horizonte ilimitado, para além de toda e qualquer aparência. Tudo muda, menos isso. Que vitória sobre a confusão que ninguém, nem mesmo nós, pode impedir!
E penso: se fossem leais com aquele desejo, com aquele ímpeto, com o “pensamento dominante” de Leopardi, “terrível, mas querido dom do céu”: “como torre em campo solitário, somente Tu estás, gigante, em meio a” todas as oscilações; nenhuma confusão o deterá.
“Que vantagem terá o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a si mesmo?”. Que paixão por cada um de nós transborda dessas palavras de Jesus!
Desejo que vocês jamais fiquem presos na aparência das coisas e que acolham incansavelmente aquele ímpeto sem trégua que é o maior aliado de vocês na aventura da vida.
Cristo se fez homem, morreu e ressuscitou para permanecer na história junto a nós e para sustentar esse nosso aliado.
Cúmplice do coração de vocês,
Julián
Rímini, 30 de março de 2013
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