Nos próximos dias 10, 11 e 12 de julho, pela segunda vez em sua história, o Paraguai receberá a visita de um Papa.
Há uma grande espera por este gesto de paternidade do Santo Padre, Papa Francisco. Queremos chegar num encontro com ele com a disposição adequada para que esse acontecimento seja um ponto firme no caminho pessoal e, Deus queira, em nosso querido Paraguai.
Rezamos ao Espírito, de forma pessoal e comunitária, para que nos prepare para este grande evento e cada um possa encontrar-se nas melhores condições para acolher com simplicidade o que ele quiser comunicar.
Na experiência cristã de nosso carisma temos sido educados para reconhecer na figura de Pedro o fundamento da nossa fé. “O rosto daquele homem [Jesus] é hoje a unidade dos que crêem, Corpo misterioso, chamado também “povo de Deus”, cuja guia e garantia é uma pessoa viva, o Bispo de Roma” (Dom Luigi Giussani). Alegra-nos poder expressar ao sucessor do Apóstolo toda nossa devoção e gratidão por sustentar a nossa fé, cada dia, com seu testemunho e magistério tão pertinente aos desafios do presente também para nosso país.
Sem sua figura, na qual se manifesta de modo eminente a sucessão apostólica, nossa fé estaria condenada a sucumbir entre tantas interpretações do fato cristão que nascem do homem. Que simplicidade precisamos ter para reconhecer e aceitar que a vida de cada um de nós depende do vínculo com um homem, no qual, Cristo testemunha a sua perene verdade no hoje de cada momento histórico! E como parece desproporcional que tudo encontre sua consistência no nexo com a fragilidade de uma pessoa singular, eleita para esta missão! No entanto, muitos temos em nossa experiência a confirmação de que a vida floresce na medida em que o seguimos.
Assim, o testemunha a imponente figura de San Roque González de Santa Cruz, primeiro santo paraguaio cuja vida, obra e morte se encontram nas mesmas raízes originárias e na matriz na qual se cria uma nova identidade cultural: nosso ser paraguaio; identidade que se reafirmará na magnífica experiência das Reduções Jesuíticas, espetáculo para nativos e estrangeiros de como seguindo a objetividade do caminho cristão, a fé se torna cultura e é possível uma política, uma sociedade, uma economia a serviço do homem real.
Necessitamos urgente voltar às raízes do nosso ser paraguaio, estamos seguros de que o Papa com sua infinita paternidade nos introduzirá nesse Acontecimento que muda a vida e constrói relações sociais, econômicas e políticas, mas humanas.
Este é justamente o maior recurso para nossa adesão incondicional ao Papa, que não pode fazer outra coisa se não se expressar no pedido sincero e humilde de seguir com simplicidade, precisamente porque estamos convencidos de que, seguindo a ele, seguimos a Cristo.
Assim, esperamos o Papa Francisco com esse desejo de aprender dele como ser cristãos em um mundo em tão rápida transformação. E estamos seguros de que o Papa nos oferecerá chaves de juízo, indicações e sugestões para nosso caminho humano e para fazer presente em qualquer periferia – e dizer, em todos os âmbitos da vida – a fascinação por Cristo, seu único atrativo, através da materialidade de nossa existência. “Cristo me atrai todo a si, tão belo é. (Jacopone da Todi).
Como ele sempre pede em cada encontro, continuemos rezando todo dia pelo Papa, segundo suas intenções.
Comunhão e Libertação - Paraguai
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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón