Em uma conversa informal na manhã de sábado (dia 12 de janeiro de 2013) – antes de sair para comprar o pãozinho nosso de cada dia –, perguntei curiosa ao poeta cantador (por acaso, meu esposo) Chico Lobo, o que significava para ele sua música composta, horas antes, durante um raro momento (seu) de insônia.
Surpresa e encantada com que ouvi – do mesmo modo que a nossa filha de 11 anos, a Luísa que já havia manifestado a mesma curiosidade –, decidi, com muita liberdade, condividir esse singelo momento. Um fragmento, no meio do tempo, em que percebemos entre outras coisas, o que é a vocação. De fato, é um chamado (como indica o verbo na sua origem latina, “vocare” = chamar). E quem chama... É para comunicar algo... É isso que divido com vocês.
Abaixo, segue a letra da música supracitada. E, na sequência, o registro da própria percepção de Chico Lobo – a resposta dele a minha pergunta –, por estrofe (a qual numerei, para facilitar a compreensão ao que se refere), o seu significado.
QUEM TEM OLHO É REI
(Chico Lobo)
Terra de cego, quem tem olho é rei (Bis)
1
Desde menino aprendi
Que a roda que gira pra lá
Com meu trabalho e suor faço o giro mudar
2
Destino de se cumprir
No rastro de uma estrela
O barco atravessa o rio
Da margem direita a esquerda
De grão em grão encho o meu cantar (Bis)
3
Eu não nasci enquadrado
Na tela do computador
O olho no olho cativa nas tramas do amor
4
Quero a beleza da lua
Que Camus um dia almejou
Mais que migalhas no prato
Quero alegria e dor
5
Pro cantador a viola
Pro repentista a palavra
Pro grafiteiro a parede
Pro aventureiro a estrada!
Credits /
© Sociedade Litterae Communionis Av. Nª Sra de Copacabana 420, Sbl 208, Copacabana, Rio de Janeiro - RJ
© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón