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OS FATOS

“Queria que eles se sentissem amados como eu”

19/01/2011 - São mais de 700 as vítimas das chuvas que flagelaram a região serrana do Rio de Janeiro. Idosos que não têm mais nada e pessoas para quem resta apenas a fé. E há quem, olhando para eles, não pode mais “ir trabalhar do mesmo jeito”

Não sei vocês, mas eu hoje acordei muito triste e comovido com as reportagens falando das pessoas que foram vítimas com as enchentes em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Pessoas humildes, que não tinham muito, perderam tudo em poucas horas por causa da chuva. Fiquei marcado com um senhor, de mais ou menos 70 anos, que disse que construiu sua casa em 40 anos, com muito esforço e trabalho e viu em 2 horas tudo ir embora com a chuva. Ele estava chegando sozinho às 3h da manhã a um colégio que estava servindo de abrigo. Estava só com a roupa do corpo, sujo de lama. Mas para um homem desses basta entregar tudo outra vez? Basta uma indenização do governo? Hoje eu chorei! Primeiro por ver pessoas sofrerem tanto, segundo por um sentimento de impotência gigante de não poder fazer nada. Como eu queria que essas pessoas pudessem experimentar um pedacinho desse Olhar de ternura que chegou a mim! Como eu queria que eles se sentissem amados como eu me sinto. Eu não perdi meus bens, mas em uma época perdi muito mais que isso: o sentido da vida. Mas Ele veio, Ele chegou até mim para mostrar que a vida é bonita, mesmo com coisas tristes. Uma senhora que também perdeu tudo, respondendo a pergunta do repórter "e agora?" ela disse "com fé, começo tudo de novo". Meu Deus, como eu quero algo sólido assim, forte assim, simples assim! Hoje eu não consigo ir trabalhar do mesmo jeito, não consigo lavar meu banheiro e varrer a casa igual. Com a dor dessas pessoas, entrou uma coisa nova na minha vida, despertou outra vez o desejo de tocar Cristo, não basta ver alguém feliz, não basta acreditar por tradição, isso não sustenta nada. O que me basta é olhar Cristo nos olhos. Não sei por que tanta dor para essas pessoas, mas já serviu para alguma coisa. A dor delas está salvando a minha vida. Rezemos por elas, e por nós mesmos.
Leandro

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© Fraternità di Comunione e Liberazione para os textos de Luigi Giussani e Julián Carrón

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