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OS FATOS

“A festa já começou...”

por Isabella S. Alberto
19/10/2012 - No dia 12 de outubro se completou dez anos do falecimento de padre Virgilio Resi. Na Serra da Piedade, uma peregrinação e em seguida uma festa em sua memória de homem apaixonado por Cristo
A capa do livro.
A capa do livro.

As pessoas começaram a chegar cedo. Alguns procuravam a pouca sombra disponível enquanto aguardavam o início da peregrinação, pois o sol já estava forte às nove da manhã. Era sexta-feira, 12 de outubro, feriado nacional. Foi preciso esperar dois ônibus vindos de Belo Horizonte e por volta das dez iniciou-se a caminhada na Serra da Piedade. Um povo de 250 pessoas subiu 4 km de estrada seguindo a cruz e tendo como paisagem o lindo vale que rodeia o santuário de Nossa Senhora da Piedade. O gesto foi proposto em memória dos dez anos de falecimento de padre Virgilio Resi, italiano que escolhera a missão no Brasil e aqui ficou por vinte e um anos, assumindo também a responsabilidade pelo Movimento. A caminhada foi um momento de oração, pontuada pela leitura de trechos do Papa Bento XVI, algumas músicas e também poesias de padre Virgilio. Versos escritos há três décadas e que pareciam ter sido escritos para descrever aquele justo momento.

Na Ermida da Padroeira, a missa foi celebrada por padre Giovanni Vecchio, companheiro de Virgilio durante muitos anos em Belo Horizonte, tendo chegado alguns anos depois deste, enviado por Dom Giussani para ajudá-lo no trabalho no seminário. Durante a homilia padre Giovanni lembrou que Virgilio era um homem apaixonado por sua vocação, e quando foi questionado porque se tornaria sacerdote respondeu que entendia “a Encarnação de Cristo como o maior fato da história” e percebia “a própria missão como a de estender sempre mais o alcance benéfico da Encarnação”.

Desde o seu falecimento, todos os anos alguns italianos, da família de padre Virgilio, vem ao Brasil assistir a missa na Serra da Piedade e encontrar os amigos. Neste ano, além de seus irmãos Isa e Fernando, vieram mais vinte amigos.

Padre Virgilio está enterrado no alto da Serra, em uma capela na Cripta São José. Faleceu no dia 12 de outubro de 2002, festa de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, por quem ele tinha grande devoção. Por seu sim a Cristo padre Virgilio gerou muitos filhos que ao recordá-lo aos dez anos de seu falecimento faziam festa pela grandeza do encontro, sem tristeza ou lamentos. Em um sítio aos pés da Serra chegaram ainda outros amigos e o almoço foi servido para quase trezentas pessoas. No final da tarde Elenice Matos, diretora do Centro de Educação para o Trabalho Virgilio Resi (CEDUC), apresentou o livro de poesias de padre Virgilio, de título “Verde e azul”, que foi editado pela instituição. São versos escritos em 1979 e 1981, a maioria escritos antes de sua partida para o Brasil, e que agora foram traduzidos. Como afirmou Elenice: “Falam de sua imensa paixão pela vida, pela pessoa humana e por Jesus Cristo – a quem dedicou sua vida de forma incondicional e gerou um povo que continua testemunhando a presença de Cristo na história”.

Todo este dia de festa, na memória de padre Virgilio, teve como tema: “A vida como vocação”. Assim, após o almoço, algumas músicas, iniciando por Alvorada, escrita justamente por padre Virgilio e Arlete, em que fala da festa como o sim de alguém que encontrou um ideal, encontrou um lugar. Foram projetadas algumas fotos, executadas outras músicas e para encerrar foi pedido a Bracco, o responsável nacional e CL, que desse um breve testemunho.

Para encerrar, a poesia “Eu sou...”. E o convite a renovar cotidianamente o sim a Cristo.

SOBRE O LIVRO:
Título: “Verde e Azul"
Autor: Virgílio Resi
Encomendas: CEDUC Virgílio Resi
e-mail: contato@ceducvirgilioresi.org.br
Telefone (31) 2103 2704
www.ceducvirgilioresi.org.br

"Quando eu era criança,
e a mestra me ensinava a viver
dizia-me que nunca colocasse juntos
o verde e o azul,
porque não era de bom gosto.
Depois um dia, sentado na pedra à beira do rio,
olhei
o monte Comero e o Corzano,
eram verdes no final de junho, no azul do espaço infinito,
e olhando o Comero e o Corzano,
os prados e os bosques, as pedras e o rio,
encontrei outra mestra que me ensinava a viver."
Padre Virgílio Resi

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