A pintura foi realizada em Assis, provavelmente no próprio dia de Natal de 1960. Um ano antes, Congdon tinha recebido o Batismo segundo o rito da Igreja católica. É, portanto, uma liturgia intensamente vivida como contínua descoberta o que inspira a sua pintura neste período. A imagem tradicional e popular do Presépio é evidente nas figuras estilizadas, quase infantis, de Nossa Senhora e do Menino Jesus. Mas a cena está inserida em uma espécie de “drama cósmico”: um imenso abismo é preenchido, até o fundo, por uma luz deslumbrante. Aqui uma trama de linhas incisas relembra os planos monótonos e desolados das cidades modernas, muitas vezes representadas por Congdon em obras precedentes. Vice-versa, na parte superior da pintura, com um nervoso rabisco, o artista sugere, semelhante a um revoada de pombas, o júbilo dos anjos. Por outro lado, a figura de Nossa Senhora está sentada sobre uma base que lembra a pedra de um altar, e acima dela há uma espécie de discreto baldaquino. É o evento da Encarnação, fortemente expresso na sua tríplice dimensão: histórica, litúrgica e cósmica.
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